Foto
29agosto

Saiba como escolher o pasto ideal para caprinos e ovinos

A pastagem é a principal fonte de alimentação para caprinos e ovinos no Brasil. É a alimentação que apresenta o melhor custo-benefício e é responsável por prover a maior parte dos nutrientes necessários para estes animais. Mas afinal, como escolher o pasto ideal para caprinos e ovinos?

Essa escolha importante deve ser feita a partir do conhecimento das necessidades nutricionais e dos principais tipos de pasto recomendados. Este artigo aborda o que um pasto ideal precisa ter, apresenta os pastos mais utilizados, quais não são recomendados e cuidados para o momento da escolha.

Boa leitura!

O que um pasto ideal para caprinos e ovinos precisa ter?

Antes de conhecermos as opções de pasto, precisamos compreender o que um pasto para ovinos e caprinos precisa ter. Dessa forma, há uma série de características que o pasto precisa cumprir. São elas:

  • Ser um pasto de pequeno ou médio porte;
  • Pasto de crescimento rasteiro, ou seja, que não cresce muito na vertical;
  • Apresentar crescimento contínuo, com altos índices de rebrotação que garante bom custo-benefício.

Quais os pastos mais utilizados?

Além das características do pasto e necessidades nutricionais, a escolha do pasto também deve ser feita de acordo com a adaptação às condições de clima da região. No Brasil, os seguintes pastos são os mais utilizados na criação de ovinos e caprinos:

Capim Aruanã

Nome científico: Panicum maximum cv Aruanã

De porte médio, o Capim Aruanã tem alta aceitação pelos animais, além de apresentar boa cobertura do solo. Possui uma ótima taxa de lotação, cerca de 35 cabeças de ovinos/ha/ano.

Capim Massai

Nome científico: Megathyrsus maximus

É uma boa opção para pastos no semiárido, já que enriquece as pastagens nativas e pode ser utilizado nas épocas secas. Possui grande quantidade de folhas, além de boa aceitação dos animais e ótimo valor nutricional.

Capim BRS Tamani

Nome científico: Panicum maximum híbrido BRS Tamani

Possui elevada produção de folhas e grande valor nutricional, além de ser muito resistente a pragas como as cigarrinhas da pastagem. Por conta disso, é considerada uma pastagem de fácil manejo e ótimo custo-benefício.

E quais espécies não são recomendadas?

Mesmo que algumas forrageiras sejam de baixo porte, podem não ser recomendadas para ovinos e caprinos, principalmente por não serem bem aceitas pelos animais. As espécies Swanne bermuda (Cynodon dactylon), pasto negro (Paspalum plicatulum) e missioneira (Axonopus compressus) são alguns exemplos.

Já outras espécies podem causar alguns problemas, como é o caso da Brachiaria decumbens e B. ruziziensis, que podem causar a fotossensibilização em ovinos e caprinos.

Principais cuidados na hora de escolher o pasto ideal

  • Priorize a propagação por sementes: a propagação por sementes é até 30% mais barata do que outros métodos;
  • Considere os fatores edafoclimáticos (solo e clima): escolha espécies que se adaptam ao tipo de solo e que podem se adaptar também com a vegetação local;
  • Escolha boas sementes: sementes com alto índice de pureza fazem com que a propagação seja melhor e as plantas sejam mais nutritivas. Ou seja, proporcionam um melhor custo-benefício.

Quer aprender mais sobre esse assunto? Conheça Visite o nosso site e veja como eles podem ajudar na sua fazenda.

Fontes:

https://galpaocentrooeste.com.br/blog/qual-melhor-capim-para-pastejo-ovinos-nordeste

https://www.sementesoesp.com.br/blog/pasto-ideal-para-ovinos-e-caprinos/

Leia Mais
Foto
15julho

Melhoramento genético: como e quando iniciar o tratamento em bovinos, caprinos e ovinos?

O melhoramento genético é um processo científico que consiste em modificar ou selecionar intencionalmente os genes de um ser vivo. A finalidade é que os animais (ou plantas) passem a desenvolver características de interesse de acordo com as demandas de produção.

Continue a leitura para descobrir quando e como iniciar o tratamento em bovinos, caprinos e ovinos.

O que é o melhoramento genético na pecuária?

Muitas pessoas podem não conhecer o melhoramento genético, mas o fato é que diariamente consomem alimentos ou usam produtos graças ao melhoramento genético. A técnica consiste em selecionar ou modificar determinadas características genéticas, a fim de desenvolver aquelas que sejam interessantes. Um bom exemplo é o caso das frutas sem sementes.

Na pecuária, o melhoramento genético tem a função de diminuir custos na produção, otimizar recursos, além de garantir melhor qualidade da carne para o consumidor. Dessa forma, os criadores podem avaliar quais características desejam manter para otimizar a sua produção e direcionar melhor os seus recursos.

Quando fazer o melhoramento genético na pecuária?

Optar pelo melhoramento genético deve ser uma escolha embasada em uma série de fatores. Geralmente, o produtor conta com uma equipe de zootecnistas e veterinários que auxiliam na avaliação. Porém, cada vez mais os produtores, especialmente os pequenos, têm a capacidade de decidir se desejam utilizar a técnica ou não.

A seguir, veja algumas situações nas quais é interessante considerar o melhoramento genético:

  • Animais com dificuldade em ganhar peso.
  • Longo intervalo entre as gerações: melhorando os índices de fertilidade é possível aumentar o rebanho em menos tempo.
  • Desejo de expandir a produção: o melhoramento genético aumenta a qualidade da carne e demais produtos de origem animal. Afinal, há uma padronização no rebanho.
  • Pouca fertilidade e dificuldades no processo de reprodução: por meio do melhoramento é possível selecionar os melhores reprodutores do rebanho. Desta forma, novos animais são gerados com as mesmas características genéticas.

Pondere os riscos e desvantagens

Apesar das inúmeras vantagens do melhoramento genético na pecuária, é preciso ponderar riscos e desvantagens. Os animais que passam pelo melhoramento passam a garantir uma alta eficiência na produção, mas apresentam tendências a problemas imunológicos, fisiológicos, além de mudanças comportamentais. É por isso que a escolha deve ser muito bem embasada e o rebanho deve passar por avaliações minuciosas.

Como iniciar o tratamento em bovinos, caprinos e ovinos?

Um dos principais focos no melhoramento genético é otimizar a reprodução do rebanho. Por esse motivo, os reprodutores são o foco nesse processo. Primeiramente, eles são selecionados. Depois, o criador pode selecionar outros indivíduos com base em outras características desejáveis como: estrutura física, qualidade do leite produzido e outras. O objetivo é ponderar quais características devem ser mantidas com o melhoramento.

O melhoramento genético utiliza duas principais técnicas:

  1. Inseminação artificial: o material genético de um animal com bons índices de fertilidade é distribuído em todo o rebanho, melhorando essa e outras características. Assim, são produzidos animais com altos índices de fertilidade.
  2. Fertilização in vitro: a fertilização ocorre fora do corpo dos animais e utilizando material genético de indivíduos com bons índices de fertilidade. Isso permite que uma única fêmea consiga gerar diversos filhotes em um curto período, minimizando o descarte.

A escolha pelo melhoramento genético na pecuária deve ser feita de acordo com uma série de fatores e uma equipe multidisciplinar pode ajudar. Os produtores podem investir em formação para que entendam mais sobre o processo e tenham mais autonomia sobre seus rebanhos.

Quer aprender mais sobre esse assunto? Conheça nossos cursos e descubra como eles podem ajudar na sua fazenda.

Leia Mais